quarta-feira, 2 de março de 2016

Para não ficar tanto em branco

Para resgatar minha alma
Tive que me aproximar do fundo do poço.
Fui sugada, me desesperei
Tentei depois de tudo, chorar!
O poço pegou minha mão
Me levou para o mar
No subterrâneo das trevas, caminhei
Então, consegui esperar o que não acontecia.
Parei de receber alegria
E finalmente confirmei
Que não posso ser tão vazia
Ao ponto de estar aqui.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Orações que me velavam


Como se o mundo fosse acabar
Várias orações me velavam e eu rezava
Eis que vejo um sentido
Observei o que não acabava
Uma canção chega agora ao meu ouvido.

Exaltada me manifestei quando estava lá
Então eu me vi e me dei conta
Estava ajoelhada, de costas para o mundo
Dando total razão aos meus sentimentos
Todos achando isso um absurdo.

Os anjos viram uma abertura em meu caminho
Eu vi o céu e o inferno no mesmo lugar
E não tinha guerra, tinha luz e escuridão
Mundo meu, mundo estranho
Mundo bonito, mundo mudo e exaltado.

Lá não é longe
Mas demora para chegar
Para tentar realizar
Para fazer valer a pena
Ficar longe de todos
Em um lugar que tudo acontecerá.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Tempestade


Naqueles tempos sombrios
Não haveria solução
Além da chuva
Muitos raios e trovões
Aflorava a escuridão.

Eu transformei o mal em bem
Não aguentei a tempestade
Não aguentei esse vai e vem
A euforia deu um baile no vento
E tudo ficou cinza
E tudo sem cor e sem destino

Por insistência minha
A cor se refletiu em meu rosto
O bem deu sentido à minha razão
O demônio virou deus

Os mortos continuaram mortos
Mas os vivos ficaram mais vivos
E tudo mudou
Foi tudo por causa de mim. 

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Eu falo de Minas Gerais


Decidi chegar lá
Vi borboletas e rosas tocarem o chão
Vi uma paz encantadora
Uma música que encantou meu coração
De uma história, me senti expectadora.

Esqueci que a hora passa
Preciso voltar e perdi meu caminho
Desfiz meus sonhos e moldei uma trapaça
Esqueci como é andar por aqui
Não sei voltar para lá.

Um lugar repleto de palavras
Cheio de alegria e mistério
Para ficar lá há um critério
O desigual ameaça
Diz que é preciso se desentender
Com o igual, com o mais tímido e sem cor.

Lá tem montanhas também
Eu falo de Minas Gerais
Sorrio, ainda estou nesta terra
A princípio, luto para mudar algo
Um ar gostoso de ver
Uma manhã intensa
E um café gostoso para beber.

É para lá que eu vou
Aqui é Minas também
Uma parte de mim
Um lugar diferente e encantador
Igual lá em um aspecto
Aqui lhe trago muita cultura e valor
Muita alegria e muito amor.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Acender Para Cegar / A Luz e a Escuridão

Quero observar as luzes
E depois vagar pelas terras da escuridão
Quem desejará ficar perto de mim,
Quando o mundo mudar de opnião?

Palavras que não fazem sentido
O caos da minha alma
Silenciam meus ouvidos
Secam meus olhos
Gelam meu corpo
Apagam meus sentidos
Perco o gosto da realidade.

A escuridão está turva demais para mim
A luz ofusca meus olhos, eu não consigo viver assim

A luz e a escuridão que enfraquece
Por algum tempo
Tenho medo de não haver nenhum clarão
Para que eu possa apagar e acender.