quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Eu falo de Minas Gerais


Decidi chegar lá
Vi borboletas e rosas tocarem o chão
Vi uma paz encantadora
Uma música que encantou meu coração
De uma história, me senti expectadora.

Esqueci que a hora passa
Preciso voltar e perdi meu caminho
Desfiz meus sonhos e moldei uma trapaça
Esqueci como é andar por aqui
Não sei voltar para lá.

Um lugar repleto de palavras
Cheio de alegria e mistério
Para ficar lá há um critério
O desigual ameaça
Diz que é preciso se desentender
Com o igual, com o mais tímido e sem cor.

Lá tem montanhas também
Eu falo de Minas Gerais
Sorrio, ainda estou nesta terra
A princípio, luto para mudar algo
Um ar gostoso de ver
Uma manhã intensa
E um café gostoso para beber.

É para lá que eu vou
Aqui é Minas também
Uma parte de mim
Um lugar diferente e encantador
Igual lá em um aspecto
Aqui lhe trago muita cultura e valor
Muita alegria e muito amor.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Acender Para Cegar / A Luz e a Escuridão

Quero observar as luzes
E depois vagar pelas terras da escuridão
Quem desejará ficar perto de mim,
Quando o mundo mudar de opnião?

Palavras que não fazem sentido
O caos da minha alma
Silenciam meus ouvidos
Secam meus olhos
Gelam meu corpo
Apagam meus sentidos
Perco o gosto da realidade.

A escuridão está turva demais para mim
A luz ofusca meus olhos, eu não consigo viver assim

A luz e a escuridão que enfraquece
Por algum tempo
Tenho medo de não haver nenhum clarão
Para que eu possa apagar e acender.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

A luz que não ilumina

No problema da transformação
A luz não ilumina mais
É assim, guiado pelo coração
Não sei como ele é capaz

Ele perdeu algo importante em sua vida
Tentou mudar, conseguiu
Ele próprio se feriu

O medo do escuro não existe
O coração o conduz
É diferente, por isso, em pleno escuro
Ele enxerga uma luz.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

O Demônio, a foice e a Morte

   Era uma vez, um lugarejo escuro, até mesmo quando o relógio apontava para o meio do dia. Havia muitas casas e apenas um arranha-céu na cidade. As casas eram afastadas, uma das outras. A cidade era pequena, e uma montanha enorme circulava toda a paisagem, dando a impressão do lugar ser maior.
    Por volta das seis da tarde daquele dia especial, um monte de nuvens se espalharam no céu. O sol clareou apenas algumas partes das nuvens. Dessa forma, o céu fundia-se com a cor branca, com o amarelo-escuro e o preto.
    O homem que estava no arranha-céu parecia estar à espera de alguém lá fora. Também parecia impossível avistar qualquer coisa de lá de cima. Mesmo assim ele observava. Não contente, sentiu uma brisa leve que parecia querer acariciar seu rosto.
    Ele olhou para um lado e nada viu. Imaginou o que poderia estar ao longe, o que não poderia mais estar ao alcance de seus olhos. Questionou a si mesmo, encontrou mais perguntas, como sempre. 
    Ao virar seu pescoço para a outra direção, olhou, enxergou uma grande árvore morta, dando a impressão de que ela morreu há uns 23 anos. A árvore era tão triste como todo o resto da paisagem.
    O acessório final do lugar estava justamente, ao lado do vasto conjunto de galhos secos. O homem do prédio avistou um cara que matou exatamente duzentas pessoas, ao longo de sua vida. Tinha a certeza de que ele seria o próximo a morrer.
     O homem saiu a galope. O cara do prédio não estava mais na janela. As cortinas balançavam suavemente com o vento. As luzes da cidade não ajudavam em muita coisa. Mesmo assim, ambos seguiram em direções opostas, estavam cada vez mais próximos.
      O cavalo estava completamente transtornado. Dessa forma ficava cada vez mais difícil dominar o animal.
      O Homem do cavalo, além de usar trajes em vermelho, com detalhes pretos, tinha uma arma. O ex-Moço-do-Prédio, tinha apenas uma foice e usava uma capa preta.
      Eles se encontraram no meio da praça da cidade. Ninguém estava lá para servir ao menos como uma testemunha vã.
      O cavalo em um espanto, ao se encontrar com o Moço-da-Capa-Preta, se inclinou para trás e o Cara-de-Vermelho caiu no chão. O homem o matou com apenas um golpe mortal da foice que atingiu o pescoço do pobre-diabo.                                  
       Enquanto o morto jorrava sangue, na praça pública, ele seguiu em frente, como se nada houvesse acontecido, ele queria outra vítima.
       A partir daquele momento, eles deixaram de ser iguais. O Cara-de-Preto venceu a batalha e se sentiu superior.  Ambos haviam matado duzentas pessoas inocentes, antes daquela noite terrível, sem deixar qualquer pista.

* O jovem moço que parecia apenas um observador está desesperado, procura ansiosamente o seu sangue, quer matar você, com apenas um golpe.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Estranha Sensação

Quando perco o medo, amadureço
E realizo tarefas incríveis
Do sofrimento eu me esqueço
Pois o espanto se mistificou

Sim, um dia o medo passou
E tudo ficou mais fácil
Sonho que se realizou
A felicidade naquele momento se intensificou

Não, porque o medo voltou?
A tristeza já havia passado
E você me procurou
O que era para ser legal
Tornou-se o meu pesadelo

Imaginei viver sem a sua presença
Pensei que ficaria feliz ao te encontrar
Percebi que você me faz viver, sorrir e sonhar
Com aquela estranha sensação
De querer morrer, sofrer e chorar.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Não vejo mais

Os trilhos estão mal encaixados
Ao final do caminho
Embacei meus olhos
Encontrei a falsa paz.

Como quem morre na escuridão
Nunca mais fui feliz
Mais do que eu,
Todos parecem viver.

A tristeza não vejo mais
Estrada com falta de tudo
Um começo, meio e fim
Nada condiz com o próprio caminho.

De onde vim, voltarei
Apezar da estrada, não chorei
Contudo os trilhos
Eu sou melhor que o pó da estrada.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Varrido de boas intenções

Aflito, eis que quase morre de desespero quem havia se acostumado com o peso da vida. Ele é exemplo de que se revoltar sozinho não é nada fácil.
A maioria das pessoas o chama de louco.
Ele foi informado de que está fora do lugar. O homem pouco duvida disso. De vez em quando, muda de opinião e mesmo assim sente vontade de fazer alguma coisa.
Coragem tem de sobra quando faz frio. O sol que era prometido por ele mesmo, não traz mais as esperanças de um dia perfeito.
Ironicamente quando chove, as águas parecem dispostas a limpar os prédios, as casas e as fabricas da cidade, que não faz muita questão de árvores. São águas que caem do céu. Gotas que se parece muito com certos seres humanos, sem almas, sujas. Águas gananciosas, querem chover tudo de uma vez.
O problema da pobreza parece um viés recalcado. Acho que só aquele homem enxerga isso.
Todo o dia levanta de sua cama, anda pelas ruas para ir trabalhar. O que marca o contraste da paisagem dos dias diante de seus olhos, é a desigualdade em respeito às classes sociais.
Tudo é motivo para separação. O homem suplica em pensamento voltado para “o seu mundo” que tanto gostaria que prevalecesse na terra.
O moço ainda vive apesar da sujeira daqui.
Quando ele pensa em Deus. Ah, quando ele pensa em Deus! Que bobagem a minha ao citar esse nome, me desculpe. Ao pensar em Deus ele fica triste. Nenhuma religião consegue anestesiar a dor que ele tanto sente ao ver tudo de ruim que acontece aqui.
As doses de felicidade que recebe são pequeninas, comparadas as dores que sente, em seu corpo, em sua alma, e na alma do mundo. Não consegue se desintegrar, principalmente de onde nasceu. 
Ele leu mais de 50 livros em três anos. Sem sorte, os livros não chegaram para sua vida para que ele fosse feliz. Encontrou a verdade nas páginas amareladas de Fernando Sabino, Machado de Assis, Ivan Bichara. Ao contrário do que pensou quando entrou no mundo dos livros, ampliou sua visão do mundo torto, do mundo varrido de coisas boas. Varrido de igualdades, varrido de união.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Dias escuros

Dia que não vai voltar
Jamais vou esquecer
Dia mágico, quero te encontrar.

O amor estava lá
Observando meus passos
Você não me encontrou
Imaginou esse caminho, um fracasso.

Aqui estou eu mais uma vez
Lutando contra tudo que me faz mal
Sem você eu vivi
E o amor estava lá, me fazendo cair
Me dizendo para sempre seguir.

É assim que os dias se transformam em noites escuras
Quando o amor nos acompanha
Dentro de um lugar
Em uma insuportável solidão.

Posso acreditar
Por alguma razão posso sentir
Que vou te ver, não no mesmo lugar.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Dia / Noite

Se isso faz sentido, já não sei mais
Estou dividida entre o bem e o mal
Ontem foi um dia do qual não vou esquecer
Hoje é apenas um sinal
Do que ainda vai acontecer.

Amanhã pra mim
O dia será noite
Estarei acordada
Vendo a escuridão de seus olhos
Estarei acordada
Presenciando sua tristeza.

Estarei acordada
Me esforçando para não pensar
No que ainda não aconteceu
Você vai lembrar
Que eu estarei acordada.

Hoje não é seu dia
Não é o meu também
Estamos juntos nessa
Fazer a escolha do bem
Já não ficou tão facil assim
Escolher abrir mão do mal
Será abrir mão do próprio destino.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Um rapaz diferente

Ela podia ter total certeza de que não se apaixonaria por aquele garoto.
Marcos era um rapaz legal, de procedência boa. Sua família era muito bem-vista na cidade. Ele era alegre, gostava de andar na linha demais e obedecer às leis em total demasia.
Chegar atrasado a algum compromisso o assombrava de tal forma, que era como se ele perdesse a cabeça, quando lidava com esse tipo de situação.
Isaura, uma menina normal, que gostava de sair de sua rotina. Também gostava de tudo o que era correto. No entanto, não gostava de ser sempre assim.
Sair da rotina era algo maravilhoso que a deixava com uma sensação boa de felicidade.
Ela fazia questão algumas vezes, de fugir da escola e se encontrar em algum bar.
Adorava ir a festas e quase sempre não avisava ninguém para onde ia. Viajava muito.
Havia um problema que ligava esses dois: Ela era uma menina muito travessa que não gostava nenhum pouco de Marcos. Era um esforço conversar com ele.
Há um tempão Isaura e Marcos se conheciam. Os dois eram jovens e bonitos. Ele sofria por ela.
Isaura era loira dos cabelos encaracolados, olho azul. Nem alta e nem baixa. Estilo bem padrão, quanto a sua idade, magra.
Marcos era normal também e muito tímido. Mesmo assim encontrou meios para dizer a Isaura que era apaixonado por ela. Isaura ficou uma semana inteira feliz. Isso só aconteceu porque era tudo deboche.

Aquela época acabou e os anos se passaram. Anos que fizeram muito bem para o Marcos.
Para Isaura foram anos bons para refletir sobre a vida e sobre seus sonhos que não eram mais os mesmos de antes.
Hoje Marcos e Isaura se encontraram. Ele foi estudar medicina em uma cidade distante e voltou com o diploma na mão. Isaura trabalha a semana toda. A noite faz um curso que terminará no próximo ano.
Ela será uma doutora dentista.
Para a sua surpresa, ela encontrou em sua frente, o garoto de seus sonhos. Aquele que ela sonhava desde muito pequenina. Um rapaz que fosse forte, maduro, bonito, inteligente, engraçado, extrovertido, com presença, e nada tímido.
O que ela não contava é que essa mudança aconteceu, porque ele achou outra paixão em sua vida. Está feliz há sete anos com outra garota. Ela é linda e inteligente. Não o mudou totalmente, mas esteve perto de Marcos durante muitos anos, e nunca houve vestígios de desistir de partilhar seus sonhos com ele. A mudança foi incrível. Isaura estava sem acreditar no que via em sua frente. A aparência, o modo de falar, e o modo de pensar de Marcos.
Sim, agora Isaura ama. Ama uma pessoa projetada que hoje não pode ter.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Futuro que não é meu

Já houve dias piores
Dias dos quais não quer lembrar
Tentando esquecer terrores
Dos quais parecia não suportar.

Sua vida é feliz
Infeliz estou tentando te esquecer
Vejo seu futuro e ele me diz
Que você será incrível daqui a alguns anos.

Isso não é um dom
Pena eu não ter nenhum domínio sobre você
O que você está construindo hoje
Vai refletir no futuro
E revogar tudo de mau que ainda está sentindo
Irá clarear seu lado Obscuro.

Pena não ter nenhum domínio sobre você...

Vejo o futuro... Vejo o futuro...
Pode não parecer, pode não aparecer
Pra você seu próprio futuro
Mas é tão obvio, tão simples ver
Como não consegue?

Não consigo entender
O porque de estar longe de você
Num futuro tão próximo
Triste mas jamais vou te esquecer
O futuro não está a meu favor
Isso não vai te comover.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Quem poderá ser?

Fico pensando no que farei
Sem sua resposta
Eu pensei em você e parei
Ao aceitar sua proposta
Fiquei e esperei.

Confie nos meus erros
Confie em minhas perdas
Estou te pedindo permissão
Para não confiar em mim.

Dizer a verdade me traz sensação pior
Eu sei que esse sim é um não
Me quer hoje, amanhã talvez
É cedo para dizer
Eu vou sofrer.

O sol se esvai
A tempestade parece distante
Iremos desprender desta realidade
Nem que seja por um instante.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Umas horas da noite

Na rua escura de um lugar comum, passava um homem. Ele parecia alegre e misterioso. Muitas pessoas se encontraram com ele durante o seu percurso. Caminhava para lugar nenhum. Ao chegar em seu destino, ele faria qualquer coisa, que não fizesse o menor sentido.
O homem era alto, magro, rosto pálido, olhos e nariz enormes. Estranho. Enfrentava seu caminho.  Estava com uma roupa toda preta. Quando olhava as pessoas, parecia se importar com elas. Ele conseguiu finalmente ser líder da história, nessa rua vazia.
Ele jamais imaginou que encontraria uma razão para que houvesse transtornos em seu pensamento, ao longo dos anos.
A rua não tinha luz, não tinha asfalto, mal se via os carros e as pessoas. Mesmo assim ele enxergava tudo, como se fosse normal. As pessoas o olhavam de uma maneira torta.
Ele não disse uma palavra. Não sorriu, não chorou.
Impossível entender se ele ficava feliz ou triste, ao ver alguém com frio ou dor de cabeça por não comer há mais de 24 horas.
É totalmente perigoso e não recomendável, descrever um homem assim. Da mesma forma, como é perigoso tentar tirar alguma lição de todas as cenas que o homem visualizava.
Quando passava por mansões daquela rua, ele olhava que quase quebrava seu pescoço. Não era uma admiração, era apenas para enxergar como elas eram feitas e talvez, uma curiosidade para saber quem eram os donos das casas.
Em certo momento de caminhada, em presença de luz e asfalto, ele parou. Olhou com um olhar que só ele parecia ter.
Ao caminhar, encontrou uma igreja às 18:39h, no dia 28 de julho. A rua parecia não ter fim. Permaneceu parado, como se fosse necessário fazer uma oração. Fez o sinal da cruz, pouco antes de seguir.
Encontrou uma mulher com um casaco de couro marrom às 19:32h. Nessa hora deu para perceber seu olhar de estranheza, ao ver que ela não estava dentro de um carro de luxo. A suposta advogada ou médica, entrou em seu carro. Agora sim, a imagem combinava com o que ele sempre via em outros lugares. Porém não entendeu porque não havia nenhum ladrão para assaltá-la, naquele momento, às 19:36h. Depois, acostumado com essa cena, ele seguiu novamente.
Apático ele andava durante aquela noite. Ás 22:00h, ainda era possível ver crianças nas ruas, com suas mães ao lado, ou grupos de meninos e meninas que brincavam. Para algumas mães e pais, já havia passado da hora de criança estar na rua. E eis que era um dilema tirá-las de suas brincadeiras.
Aquela cidade não era desenvolvida. Não havia computador para prender as pessoas em suas casas. Uma pena que a TV conseguia substituir o papel da nova tecnologia de hoje. É claro que o homem não deixou de enxergar cenas assim.
Ele chamava atenção, por ser alto e estar vestido de preto. Ele estava de luto. Não havia como saber se ele adquiriu essa personalidade pelas coisas boas ou ruins que via, principalmente naquela rua.
Na casa número duzentos e trinta e cinco, parecia que não tinha ninguém. Teve a sensação de que tinha encontrado abrigo. Logo se viu que era apenas energia que faltava lá. Talvez porque a família estava sem dinheiro para sustentar algo que era tão necessário. A casa era simples, sem tinturas.
Ele prosseguiu, a noite parecia não ter fim.
Enfrentava seu caminho, sem ninguém na rua, senão cachorros, gatos e alguns animais estranhos que faziam barulho.
Tampouco se percebia se era sentimento de medo ou repugnância por tudo o que ele presenciou ao longo da noite.
Em outros lugares o movimento não era tão diferente. Mesmo assim, ele entendeu que aquela rua precisava de mais ajuda.
Depois de muita caminhada, encontrou uma nova vida, outra cidade, bairros e uma nova rua. Sem nada a acrescentar, senão outras pessoas com as mesmas perspectivas de sempre.
A manhã se fez cena quando o sol bateu em seu rosto.
Durante a manhã, quando encontrou seu primeiro amigo ao esperá-lo em uma praça, quase como se fosse trabalhar, contou piadas. Satirizou a rua, como se isso fosse mudar tudo o que viu. Ou para acalmar o seu coração que precisava de ajuda. Ou para tentar entender porque a vida era daquela maneira.
Uma conversa depois de tudo, nunca faz mal a ninguém.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Estrela Perdida

Havia uma estrela
Duas almas vislumbravam o céu
Uma luz de alegria
Ele a via como uma princesa
Pouco se sabia
E a imensidão estava ali.

O céu era místico
O universo era lindo
A estrela muito mais
Um navio frente ao mar
Se desprendeu do cais
Ponta de ternura
Que insistia em brilhar.

O mar e o céu
Quis tomar o brilho da estrela
Se transformaram em um, só
As almas caminhavam
O mar foi deixado pra trás
O céu se sentiu vitorioso
Estava acima de todos
De tristeza a estrela sumiu.

O navio e as almas
Caminhavam em sentidos opostos
A madrugada teve seu fim
A estrela não mais se viu no céu.

Essa noite vai chover
Enquanto voce sonha
Eu fico aqui em desespero
Sua presença ofuscou meu pensamento.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

- Senhores palhaços!

- Ué, como assim você não vai se levantar para cantar o Hino Nacional?
- Não. Eu não curto essa música. Essa não foi a melhor melodia que ouvi durante todos esses anos. A letra possui um português impecável, mas a realidade é outra.
Essa aí é a que os políticos te enganam, desde o princípio. Sem dúvida, uma das melhores armas que já inventaram contra o senso crítico.

    Já vi muitas pessoas fazerem vários tipos de protestos. Apesar de serem poucas, é verdade. Contudo, nunca havia presenciado alguém que se recusa a cantar o Hino Nacional e ela prosseguiu:
- Eu me recuso a cantar o hino e fazer obrigatoriamente a posição de "Sentido". Convenhamos isso não faz sentido algum.
O que vocês acham de mim agora? Que sou louca. Eu pouco me importo para a opinião de vocês. Em todo o caso, pare e pense, por favor!
"Paz no futuro". É exatamente isso que eles querem e precisam manipular vocês com essas palavras sofisticadas.
Decididamente, eu não quero mais ser assim, CHEGA! Esse é o meu protesto, que começa hoje aqui. Vou lutar para que eu não seja mais taxada de louca. Quero ser alguém. Ter um nome e ter conhecimento. Para tentar provar que quero que o nosso mundinho seja um pouco melhor. Quero aprender a gostar desse hino. Preciso da ajuda de quem já percebeu o que digo aqui.
Por que vocês acham que esse Hino é obrigatório nas escolas, em mundiais esportivos e em vários outros lugares como este? São as palavras lindas que te convencem de que existe uma realidade absoluta embasada por trás desse hino.
Eu me recuso a fazer parte da maioria que está aqui presente. Aceito as consequências. E que elas venham neste instante. Tenho todo o direito de abaixar a cabeça e me vestir de luto, ao ouvir essa melodia e não cantá-la.
Eu mereço odiar esse hino por não haver palavras consagradas na realidade.
Bom, como já disse tudo o que havia para dizer, me retiro desse lugar. Tenham uma boa noite e uma boa reflexão, senhores palhaços!

A certa altura, depois que a menina foi embora, houve um silêncio. Logo mais, aplausos. Naquele momento não deu mais para distinguir se eles eram voltados para ela, ou para o hino. Isso descobriremos juntos.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

O religioso de aço

Pai, agora ele vive
Parou de beber e fumar
Ama sua mulher e família
Virou um religioso
Trocou um vício pelo outro.

Mesmo assim vive sua rotina
Brinca com seus filhos
Morre de ciúmes de sua mulher
Criou sem perceber, um destino.

Encontra tempo para trabalhar
Encontra uma ambição qualquer
Encontra contas para pagar
Encontra uma vida
Encontra festas para dançar
Acaba-se na igreja para rezar.

O religioso segue
Como se faltasse algo
Pensa na bebida
Afasta pensamentos ruins
Balança a cabeça e grita:
- Eu sou feliz!

O pão de todos os dias
Um pensamento de concreto
Atitudes de aço
Embasou-se no que é certo
Contentou-se com o que não evolui.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

A união para encantar o mundo

Cuidado, ao contrário do que muitos dizem, a vida deve ser encarada de maneira mais séria.
Você não faz ideia de como ela é frágil. Principalmente em certos momentos de infelicidade.
Pense bem no que quer ser daqui dois, três, dez anos.
Convido você para conhecer o fundo do poço, sem o menor compromisso. Quero que se sinta à vontade para permanecer longe deste lugar horrível!
Este consegue desertar sonhos, construir uma imagem positiva da realidade, e também, criar falsas esperanças.
Ele te espera com muitas coisas boas e vários vícios cotidianos. Uma grande trupe para te dar esperanças de um futuro melhor, sempre de plástico. Não é só que se chega lá. E não é sozinho que lá você permanece. Um lugar repleto de alienados. Normalmente eles adoram deixar tudo para o outro dia, que talvez deixe de existir.
Por favor, fique longe de tudo isso e vá para o mundo. Conviva com pessoas encantadoras, que brigam quando discordam da dor. As dificuldades são diferentes, logo se nota quando se vê milhares de rostos que são a minoria, infelizmente.
Elas são equipadas com uma enorme vontade de mudar o mundo ou alguma coisa. De certa maneira, elas conseguem. Seguem em frente com vestígios de cansaço nos ombros. Pois muito precisa ser feito ainda. Embora seja explícita a vontade de parar, elas simplesmente não conseguem abandonar seus sonhos.
Devo-lhe dizer que já houve pessoas, que fogem hoje do senso comum, que estiveram frente ao poço, ocasionalmente, ao menos uma vez em suas vidas. Bastou conviver ou ver esse lado da vida, que se sentiram fadadas a fazer o que estou lhe propondo.
Do poço também saíram ideias que precisavam vagar pelo mundo. 
Histórias de vida para serem contadas e encantadas quando se deparassem com novas histórias. Para mostrar que o poço foi um período de aprendizagem, mas que não se pode brincar com ele por muito tempo. E muito menos a vida não se pode ser perdida naquele lugar. 
Não deve haver um único céu que abrigue tantas pessoas, com modos tão distintos de se pensar.
Se em um lado da moeda há uma gama diversificada de variáveis, para o outro lado é cabível entender a mesma coisa, de formas diferentes.
As pessoas vazias também são seres pensantes que não possuem total consciência disso. Quem está de fora do poço tem a personalidade mais concreta. Suas opiniões, nem tanto, pois possuem a consciência de que tudo pode mudar a qualquer momento.
Espero que você esteja pronto para enfrentar o mundo. Seja qual for o local que você estiver neste momento, espero encontrar um meio para contar contigo na luta para dominar o mundo.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Doses de felicidade

Tudo na vida tem seu preço
Até mesmo a felicidade que não tem endereço
Ela chegou até você, e chegou porque você merece
Não deixe-a escapar, não deixe-a escapar.

Não espere a felicidade que não se encaixa nesse momento
Primeiro faça-a merecer
Não é tão simples assim
Tente se convencer.

Ser feliz e não perceber que é
É muito triste
Mas mesmo com lágrimas nos olhos
É possível dar um belo sorriso
Isso também existe.

Importâncias simples vão fazer você sorrir
É só você ficar atento
Mas cuidado a felicidade que tanto espera
Está vindo e chega a qualquer momento
Continue se divertindo com pequenas doses de felicidade.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Ela sou eu

Ela sou eu dez anos mais jovem
Ela sou eu em quinze minutos
Ela sou eu e faz planos judiciosos
Ela tem mais cultura que eu
Em questão de segundos
Você se apaixona por ela.

Eu cometo os piores erros
Eu sou a que precisa de ajuda
Por isso você prefere ela
Me ama pela metade.

Ela sou eu, pensando em Leonardo Dicaprio
Ela sou eu e demonstra confiança
Ela sou eu, só que ela é melhor do que eu
Ela aonde não tem, arranca esperança
Ela sou eu, mas não sei se consigo
Ela não vê problema em qualquer mudança
Ela sou eu com aquele belo sorriso
Ela sou eu com fome de vingança
Ela sou eu te amando pela metade
Ela sou eu quando fizer a diferença.

Ela idolatra grandes ídolos
É mais inteligente
Conhece o que é certo
És superior a mim
Ela é o brilho das estrelas
Eu só ofusco sua mente
Ela é real, eu sou ilusão.

Ela sou eu quando conseguir mudar
Ela sou eu quando não houver problema
Ela sou eu e ninguém percebe isso.

Seu jeito cafona, perdido quando vem
Ela consegue entender que sou assim
Ela discorda de mim
Permanece aqui, me enlouquece
Não sei o que fazer.

Ela sou eu, por isso você me ama pela metade
Ela sou eu com várias perguntas a questionar
Respostas estão comigo, mas não tenho certeza.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

O mal prevalece no fim

Escolhi o caminho errado
Péssima decisão
Duas escolhas, uma fatal
Não tem mais volta, seguir em frente com o coração
Por esse mesmo caminho perdido.

Escolhi meu próprio destino
Nos filmes, o mal prevalece
A história fica boa
Quando o vilão aparece
E o bonzinho nunca será esquecido
Quando o vilão aparece.

Fui má com você
Armei contra você
Fiz você sofrer da melhor maneira que consegui.

Mas como todo filme tem um fim
Sendo ele bom ou não, não importa
Sempre chega a hora, enfim
Aqui se faz, aqui se paga.

Nossa história acabou
É impossível me redimir
O roteiro me fez cair
Posso sentir, pensamentos em ti
Com lembranças cravadas em mim.

terça-feira, 24 de abril de 2012

A causadora de problemas


Creio que várias pessoas já sofreram por mim. E eu sinto muito realmente, porque tudo o que aconteceu, juro que não foi minha culpa.
Dei atenção a certas pessoas mais do que seria necessário. Contudo, o que me intriga, é o modo em como as pessoas confiam e se entregam pra mim.
O mais estranho de tudo, é que não me lembro da última vez em que falei de amor e usei meus sentimentos para conquistá-las. Desconfio que isso jamais ousou acontecer. Mostro minhas idéias, mas nunca meus sentimentos. Talvez você encontre minhas emoções em massa, em meus rabiscos, isso é algo que não posso negar.
Atraio pessoas como nuvens em dias de chuva. Por favor, estou sendo o mais verdadeira possível. Não vá pensar que usei arrogância aqui, pois, acredite, seria melhor se nada disso estivesse acontecendo.
Não suporto mais essas situações desconfortáveis em que percebo, em variadas vezes, que sou a causadora de tantos problemas. Eles poderiam ser evitados se eu não existisse.
É certo que estou fantasiando a realidade um pouco nestas linhas. Para te mostrar com pouca precisão como me sinto hoje, ontem, e da mesma forma, há um ano.
Veja o que aconteceu comigo. Foi um acontecimento muito atrapalhado. Acho que serei caçada depois disso, mas tudo bem, vamos prosseguir.
O que eu faço para chamar atenção, não é verdade? As palavras. Acho que são elas vão me matar. Essas malditas que as usei, me sentindo bem aqui...

Recebi uma ligação naquele dia. Era Miguel. Era um convite.
Havia um barzinho, com muitas pessoas legais. Pelo menos sim, aos olhos de todos os presentes daquele recinto. Creio que eu era a única que me sentia um pouquinho, digamos, fora do lugar. Lá eu até conseguia me divertir, de uma forma menos intensa em relação à grande massa. E veja a explicação plausível para eu não ter soltado a seguinte frase: "EU NÃO QUERO MAIS FICAR AQUI, VAMOS EMBORA?" - Tinha bebidas.
Eu aceitei o convite. Eu sempre aceitava esses chamados. Pobre Miguel, era a primeira vez que iríamos sair juntos. Eu gostava dele - Apenas como amigo. Era a única forma para ele me ter por perto, sem sofrer. Ele não mandava em seu coração. E eis que aconteceu um desastre.
Ele estava muito feliz. Tanto, que achou que iria chover. Ele chegou perto de mim. Estava estranho, com roupas equipadas para chuva, acreditando que estava prestes a cair do céu uma tempestade, eu fiquei sem entender.
Bebemos um pouco. Difícil de acreditar, eu não estava com vontade de beber que nem um cavalo morto. Em todo o caso, a conversa fluiu naturalmente. E algo ficou mais sério. Sou muito inocente, eu ainda não havia entendido a gravidade da situação.
Entrou em cena outro cara que também era apaixonado por mim. Acho que ele me amava de uma forma até mais verdadeira e mais intensa do que esse menino que eu estava acompanhada.
O Miguel estava me enchendo à paciência a certa altura do tempo. Eu abri a minha maldita boca um pouco influenciada pela bebida. Disse, sem hesitar, que eu não queria nada com ele e nem com ninguém. Dentro do assunto, falei que lá estava outra pessoa que também gostava de mim. Ele começou a falar alto comigo, eu quase chorei. Fiquei muito triste. Não entendi porque estávamos discutindo daquela maneira. Ok, eu entendi. De qualquer jeito, eu não sabia como fugir dele naquele momento, de modo menos doloroso.
Foi então que Paulo percebeu que tinha algo de errado em nossa mesa. Ele veio até nós e me perguntou:
- Esse cara está te incomodando?
Eu disse não, mas era tarde demais.
Eles começaram discutir, e quando fui separá-los, desesperada, recebi um murro de brinde. Não sei de quem, mas eles pararam imediatamente com toda a euforia e vieram me socorrer. Fiquei completamente estressada. Nunca havia presenciado tal fato antes.
Fui embora sozinha, claro que todos estavam infelizes, inclusive eu. Havia uma chuva gelada em meus ombros quando sai do bar, vejam só! Eles insistiram para me levar embora. Eu não suportava olhar para cara de nenhum dos dois!
Andei pelas ruas a passos largos, cheguei em casa. Eu já estava sóbria, não estava arrependida de nada. Sei que os homens não são iguais, mas aqueles dois se parecem muito. Meu rosto ainda estava doendo naquela noite.
Continuo sem saber o motivo pelo qual sou tão vazia de sentimentos. Certas provas de amor, melhor nem me mostrar. Esse foi o motivo de minha tristeza naquele dia. Provas de ciúmes também matam meu carinho que me esforcei para ter. Acredite em mim. Se quiser me manter ao seu lado, mantenha distância. Meus sentimentos como vocês podem perceber, são letais.

terça-feira, 17 de abril de 2012

A prova escrita

Escritor é vidente
Vidente dele mesmo
Desconhece sua mente
No entanto, Advinha
Surge uma espécie estranha
De medo, paz e euforia
Tudo junto, de modo singular

Escritor às vezes prefere
A companhia de textos, livros e poesias
Em plena consciência
Se esconde em suas próprias fantasias
Não consegue viver sozinho

Em sua busca eterna
Tenta se encontrar com ele mesmo
O espírito de outras pessoas
Escritor é assim, meio estranho
Você nunca sabe o que ele pensa
Porque ele mesmo desconhece
De onde vem toda sua inspiração

Escritor quando se silencia
Pode saber , é o fim da normalidade
A qual nunca teve
Nesse mundo vazio
Algo está prestes a acontecer
E um romance ele escreverá
Pensando em voce
Finaliza a dedicatória

sábado, 14 de abril de 2012

O fundo do poço

Havia uma indecisão. Como de costume, uma ânsia em querer fazer tudo o que parecia que tinha fazer, por pressão do tempo. A menina não tinha paciência para esperar.
E então ela caiu lentamente. Começou a se familiarizar com um poço. Ele estava cada vez mais fundo.
Sua indecisão, de acordo com o que acontecia, aumentava até que ela pensou em paralizar seus movimentos. Claro que de nada adiantou.
Tentou fazer tudo errado e conseguiu.
Hoje ela busca por finais melhores, ou quer ser digna de acontecimentos mais favoráveis.
Não contava que teria de fazer outras pessoas felizes.
Agora o poço continua a fazer o seu papel muito bem, mal. Se contenta apenas em se fechar, para não haver mais luzes e nem ninguém para salvá-la. Ele está como eu o vi da ultima vez.  Não enxergo mais a menina de antes. Parece que o poço já se fechou, ela parece outra coisa.  A menina não afunda mais.
Ela afigura-se com alguém ao seu lado com o poder de decidir tudo. Uma espécie de grupo do mal que se envolveu com a menina e não quer mais libertá-la.
Isso aconteceu de forma instantânea. Não há como se lembrar muito bem quando foi que todo esse inferno astral começou.
O bem se transformou em mal e o mal, na verdade é o bem.
Muito o que acontece pode não haver a menor lógica. Como não sou de ferro, faço coisas que deveriam ser pensadas antes. Sinto a necessidade de errar, faço mais besteiras do que seriam aceitavéis. Aceitávéis a quem? Erros podem ser acertos, ou algo sem a menor importancia. Pode ser que seja um passo enorme para o sucesso.  
De qualquer forma, a cada dia que passa, me importo menos com o que é  ou não pela sociedade. Há pessoas que podem ser um grande erro em nossas vidas.  
Algumas ainda da pra levar com muita paciência e coragem.
O erro é uma consequência, é a visão de cada um, de formas variadas. A minha forma de errar só me fere quando revolto comigo mesma, quando sinto que minha consciência está jogada fora, lá no fundo do poço.
Nao sei se esse poço pode afundar mais. talvez uma corda puxe a menina novamente, sozinha é impossivel ser capaz. mas na companhia de muitas pessoas estas podem te empurrar, te manter, ou te deixar no fundo do poço.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Saquear a paz

Eu, que sempre lia romances policiais, olhei no espelho, enxerguei uma pessoa que possui um nome definido, sobrenome.
Olho a minha volta e vejo uma realidade distante, difícil de acreditar, mas ela está ao meu alcance e me assombra. O meu pior pesadelo.
Por enquanto, pareço legal, mais planejo roubar e matar três vezes por dia, pelo menos.
Uma a cada dez pessoas desconfiam da minha própria realidade que prefiro não revelar a ninguém.
O meu próximo passo é assaltar O Banco Central, que está dentro da minha história. Pegarei minha fortuna cedida por esse tal banco e desapareço logo em seguida.
Vejo fardas, homens me perseguindo sem provas do que sou capaz de fazer.
O lugar que habito já está um caos. Não sei se sinto medo ou vergonha de minha própria cidade.
Aparentemente calma, por aqui não acontece muitas coisas. Mas veja melhor, enxergo o que as pessoas são capazes de fazer em pequenos ou grandes gestos. Elas são iguais a mim, sem paz interior e sem fé em nada.
O Banco Central não me escapa, pouco me importo com essas pessoas.
E além do mais, vou te matar, só isso. Não desejo que você sofra muito. Me contento com sua própria vida que já é um transtorno total.
Essa cidade não tem solução. Talvez seja por isso que penso dessa maneira.
Penso em te matar mas ainda não consigo. Não gosto de te ver sofrer também, e não há outro jeito.
Ao assaltar o banco, ao invés de me elevar com o dinheiro eu vou cair, para finalmente nunca mais voltar.

Eis um segredo: Eu não mato ninguém, nunca roubei e nem penso em roubar. Mas me sinto assim ultimamente. Cometi vários crimes que as leis jamais me castigariam pois sou uma cidadã comum. A meu ver parece que ja enfrentei uma tropa de um exército e todo esse teatro está apenas em minha mente. De qualquer forma, fique tranquilo, vilões sempre morrem, principalmente no fim, depois de tanto aprontar com os bonzinhos.